Querida gentalha,
Aqui é a Pita, una de las chicas , e estou aqui pra contar um pouco sobre nossa viagem...
Saímos de nossa terra caliente no dia 27/04 e depois de trocentas paradas chegamos a "Mi Buenos Aires querido". No mesmo dia já tivemos aula na facul, e por incrível que pareça nao conseguimos ficar até o final e voltamos bem mais cedo...lembro do recepcionista do Hotel rindo e dizendo: "Chicas, ya empiezaran mal". Mas como todo brasileiro a gente sempre dá um jeitinho né HAHAHHAHAHAH
No dia seguinte tivemos prova. Acordamos como de costume, tomamos nosso "desayuno" e ficamos acalmando os nervos com uns bons goles de mate...tivemos que sair antes para trocar umas calculadoras que compramos e que nao estavam funcionando direito. ATRASAMOS. A mulher da loja tentou trocar e as outras tb nao funcionavam, tava tenso. Só faltava trocar a calculadora da Gi, mas como estavamos atrasadissimas pra prova eu sugeri que ela devolvesse o dinheiro pois iriamos comprar em outro lugar..levei uma puta patada, ela foi bem grossa. Mas mantive a calma. Conseguimos trocar todas as calculadoras mas já estava super encima da hora e a faculdade nao tao perto assim da gente. Ainda nao tinhamos decorado o caminho. Conclusao: tivemos que correr. Erramos. Perguntamos. Erramos de novo. Corremos mais ainda. Enfim chegamos. Mas o problema de tudo isso é porque nossa prova foi justo na Faculdade de Ciencias Economicas de Buenos Aires, a gente nao tava manjando como chegar lá, e além disso como econtrar a sala! Aquilo parecia um labirinto...eu tava na frente e encontrei um argentino e descobri que ele tb estava procurando as salas das provas, entao colei nele e falei pras meninas: seguuee nois! hahahahahha mas o cara, meu...o cara acho que nao sabia nem o nome dele! Ah pelo amor... a gente ficou rodando aquela facul por puta teempo! De repente eu olho pra tras e...cade o resto? Mas daí já apareceu a Gi...porem o Greg e a Má ficaram pra trás...nossa eu já tava pirando que nao encontrava as salas e ainda me dá uma dessas! Beleza...continuamos e achamos o lugar. TODOS. Mas nao juntos, e entao eu fiquei desesperada achando que o Greg e a Mai haviam perdido a prova. Graças ao meu bom Deus eles tb acharam...meu, nao ache que nós somos retardados mentais, tava osso! Nao conheciamos NADA, nao tinha nada avisando de como achar e ainda por cima estavamos atrasados...ou seja, tudo aconteceu pra dar errado. Mas no final acredite...deu tudo certo!
O dia foi bem osso...os argentinos são tudo charmosinhos pra cima das brasileiras, agora as mulheres argentinas! Deram muita patada na gente...elas várias vezes responderam mal a nossas perguntas, no fim do dia eu tava tão estressada que chorei um monte...acho que foi uma junção dos fatos antes da prova que me deixaram cheia de nervos e as grosserias que eu tive que engolir com o passar do dia. Estar em outro país não é fácil. Ninguém falou que seria, e aliás, seria ignorancia minha achar que tudo seria um mar de rosas. Mas fico muito feliz em dizer que o dia 28 foi apenas uma excessão. Bom, os outros dias aconteceram uns percauços sim, mas nada que tenha tirado o meu entusiasmo em estar conhecendo a fundo esse meu novo país. Sabe, eu amo tanto esses nossos países da américa latina, pra mim é como se eu estivesse conhecendo um novo irmão...não vejo rivalidades. Sinto falta é claro, do nosso bom e calmo Brasil, mas se temos a oportunidade de conhecer outro lugar, não devemos pensar duas vezes! Não podemos nos limitar a uma região...afinal, vamos nascer e morrer no mesmo lugar? E esse mundo tão grande em que vivemos, vamos deixar passar a chance de conhece-lo? Eu quero mais...esse passo que eu dei em estar vindo pra Argentina é apenas um dos tantos que eu ainda darei! Não quero que minha vida seja igual a tudo o que se vê. E é por isso que eu digo: Ya te amo Buenos Aires!
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”
Amyr Klink
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Oh, Louco !!! Essa menina escreve mais do que seu pai... Parabéns pela luta que estão travando onde nada poderá fazer desistir de seus sonhos. Falta pouco para o fim da primeira etapa. FORÇA !!!! - David
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